É
público e notório que a violência no futebol é fato recorrente no Brasil,
dentro e fora dos estádios. Muitas vezes atribuída às torcidas organizadas
espalhadas pelo país, a insegurança acaba por afastar muitos torcedores dos
campos e, consequentemente, diminuir a média de público nos campeonatos
estaduais e, até mesmo, nacionais.
É
preciso esclarecer que em todos os setores da sociedade existem os bons e os
maus, e nas torcidas não é diferente. Em sua grande maioria, as organizadas são
constituídas por pessoas de bem, trabalhadores, estudantes, torcedores apaixonados,
que objetivam o incentivo aos seus clubes, a organização de projetos sociais, a
festa nas arquibancadas e a comemoração de suas vitórias. Pessoas avessas à
violência que se unem pelo ideal de apoiar o time do coração!
Todavia,
infelizmente, existem alguns vândalos que se infiltram nessas entidades e
utilizam da prerrogativa de “torcedor organizado” para estimularem e praticarem
atos de violência que nem sempre estão voltados para a atividade “torcer”.
É
essa a realidade de grande parte das torcidas brasileiras, haja vista que o
controle sobre milhares de pessoas (boas e más, como falado) é feito na medida
do possível por seus responsáveis, pois os seres humanos são diferentes em sua
essência e em seu comportamento. E não é a camisa de uma torcida que vai
impedir a índole criminosa de alguém, muito menos estimular!
O
futebol é um esporte sem discriminação, e, em pleno século XXI, não se pode consentir
a intolerância, tampouco a violência contra os cidadãos, uma vez que não falta
às pessoas o discernimento entre o que é certo ou errado. Afinal, ninguém pode
alegar desconhecimento às leis e regras que regem a convivência pacífica.
Alguns
fatos isolados cometidos ou sofridos por algumas torcidas são utilizados como aprendizado e crescimento na concepção de entidade, seja por meio
de uma punição (justa ou não), através da dor de uma perda ou pela sua
repercussão. Mas infelizmente no Brasil, uma torcida é historicamente marcada
por seus atos de violência indiscriminada, contra civis, militares, famílias,
rivais, autoridades e até mesmo atletas. Trata-se da torcida do Corinthians,
conhecidamente associada à violência e à criminalidade, que supera os limites
territoriais do Brasil. Que o digam japoneses, paraguaios e, agora, os
bolivianos!
Diversos
são os exemplos – ou crimes, se preferirem – que podemos arrolar ante a
vergonhosa, e, na maioria das vezes, impune, atividade das torcidas organizadas
desse clube, em especial, os absurdos cometidos pelos Gaviões da Fiel,
“entidade” fundada em 1969, e que nesse longo período de existência já foi
protagonista de inúmeras crueldades, verdadeiras barbáries, agredindo, ferindo,
e ceifando vidas inocentes.
Fato
recente, e ainda com cheiro de sangue e pólvora, vem sendo noticiado desde a
noite de ontem (20 de fevereiro de 2013), quando, durante a realização de uma
partida na cidade de Oruro, Bolívia, entre o time local, San José, e o Corinthians
(BRA), um artefato pirotécnico, que, segundo a polícia local, seria de uso das
forças armadas, foi atirado por torcedores do clube brasileiro em direção à
torcida da casa, atingindo e matando o garoto Kevin Douglas, de apenas 14 anos.
Um jovem que foi ao estádio com intuito de se divertir e acompanhar a estréia
de seu time na Taça Libertadores da América, brutalmente assassinado em mais um
ato nefasto da torcida corintiana.
A
indignação não é só boliviana ou brasileira, é de toda a sociedade
internacional! Até quando a conveniente e articulada “sensibilização” de
dirigentes e atletas desse clube, que se mostram “chocados” e dão entrevistas
“emocionados”, será suficiente para garantir a impunidade desses assassinos,
que tornam sua maior torcida organizada em efetiva organização criminosa!?!?
Como
falávamos, esse não é um fato isolado! O histórico desses vândalos chega ser
assustador, preocupante para as autoridades – que nos devem explicações e
atitudes enérgicas – e, principalmente, à sociedade de modo geral, sejam
amantes ou não do futebol.
Dentre
as várias ilicitudes penais cometidas pelos corintianos, podemos citar algumas
mais recentes, dentre as ocorridas ao longo dessa longa jornada criminosa
iniciada nos anos 60. Temos, por exemplo, a agressão ao árbitro Jean Pierre
Gonçalves Lima e aos auxiliares Altemir Hausmann e Julio Cesar Rodrigues
Santos, em 2011; o vandalismo, no mesmo ano, após sua eliminação na
Libertadores, onde houve a depredação do patrimônio do clube e de veículos de
jogadores, confronto com a polícia, de modo que os agressores utilizaram-se de
garrafas e rojões para agredirem e destruírem, manifestação que se estendeu, horas
mais tarde, ao saguão do aeroporto Viracopos, em Campinas, quando
aproximadamente 20 corintianos da Gaviões da Fiel, estiveram no local para
"recepcionar" os jogadores, com protestos e ofensas, munidos de
pedras e paus.
Lembremos também
que, há pouco tempo, 31 (trinta e um) torcedores do Corinthians foram
detidos com barras de ferro, pedaços de madeira, rojões e pedras em um ônibus
na Via Dutra. O grupo estava a caminho do Estádio do Engenhão, no Rio de
Janeiro, para assistir ao jogo entre Corinthians e Botafogo, válido pelo
Campeonato Brasileiro de 2012, e, pelo que se viu, não estava indo com o
simples intuito de torcer pelo seu clube.
Outro episódio envolvendo esses “torcedores” foi o embarque do Corinthians
ao Japão, para a disputa do Mundial Interclubes, em dezembro de 2012. Naquela
oportunidade, o Aeroporto de Guarulhos/SP foi tomado por corintianos que
causaram destruição e prejuízos à Infraero, às companhias aéreas, passageiros,
comerciantes, manchando, inclusive, a imagem da sociedade brasileira, haja
vista ser aquele local a maior porta de entrada e saída de estrangeiros em
nosso país! Pior de tudo: ninguém foi responsabilizado!
Então pensemos:
corintianos falam em fatalidade no lançamento do artefato que levou a óbito o
jovem boliviano. Fatalidade???
Em 2012, no dia 25
de março, a mesma torcida arquitetou e executou uma grande
emboscada contra um pequeno grupo de torcedores do Palmeiras, na Zona Norte de
São Paulo, resultando na morte de 02 (dois) jovens, sendo que um deles faleceu
após ser alvejado por tiros (calibre 38) na cabeça! Vários outros palmeirenses
ficaram feridos após o ataque covarde organizado pelo numeroso grupo de
corintianos, naquele dia.
São torcedores ou assassinos? Tudo isso, em certos momentos, gera uma
confusão de sentimentos, conceitos e perguntas que nos levam a refletir sobre o
real sentido de justiça, tendo em vista que os criminosos encontram-se impunes
até hoje!
Voltamos
a questionar: Fatalidade? Qual o significado dessa palavra? Fatalidade quer
dizer “destino inevitável; acaso infeliz”.
Inevitável?
Acaso? Não! Aqueles que se armam o fazem na intenção de
cometer crimes, e devem ser punidos por suas “fatalidades”!
Vale ressaltar que o Corinthians é um clube que tem como “padrinhos”,
além de dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) – instituição tantas
vezes envolvida em escândalos de corrupção – o ex-Presidente LULA e a Rede
Globo de Televisão, esta última, aliás, que faz vistas grossas aos fatos,
distorce acontecimentos e evita polêmicas que poderiam colaborar para
elucidação e responsabilização de vários crimes cometidos por uma “organização”
chamada Gaviões da Fiel.
Não se tratam de acontecimentos ocasionais, aleatórios, mas sim de um
vandalismo reincidente, de um grupo organizado para atividades criminosas,
pelas quais utiliza do futebol, maior paixão do povo brasileiro, para
justificar todas as “fatalidades” praticadas!
Poderíamos escrever por horas e horas enumerando as atrocidades
cometidas ao longo de muito tempo por essas pessoas que desconhecem o propósito
do esporte, e até mesmo do carnaval (vide escândalos e vandalismo de
integrantes da Escola de Samba da Gaviões da Fiel), e que não dão valor à vida
alheia!
Até quando esse grande país, e até mesmo a comunidade internacional,
irão sucumbir à impunidade desses “gaviões”? Quantos mais haverão de morrer
para que sejam punidos os culpados?
Sigamos os bem
sucedidos exemplos europeus de punição! A violenta torcida corintiana deve ser
penitenciada e o clube responsabilizado pela conivência e pelo financiamento de
grande parte das atividades desse grupo criminoso, cujos atos não condizem com
a vida em sociedade, tampouco coadunam com o espírito inerente ao futebol,
que é motivo de paixão, não de dor e destruição!
A
SOCIEDADE BRASILEIRA CLAMA POR JUSTIÇA!!!
(Brenton)
Muito bem elaborado! E com certeza tantos outros crimes foram cometidos e famílias clamam por justiça! Mas justiça em um País onde a prioridade é uma copa do mundo e não a saúde ou educação, haja vista que uma agremiação esportiva do Estado de São Paulo recebe R$ 420.000.000,00 em incentivos fiscais para construção de um estádio que, vejam bem que está sendo construído em um terreno doado pela prefeitura, que tinha em seu contrato de cessão cláusulas que determinavam um tempo para que o estádio fosse construído o que não ocorreu, mas por todos fatos que todos nós conhecemos o contrato de cessão não foi cumprido e está lá sendo construído o GAMBÁZÃO!
ResponderExcluirPERFEITO!!!! PARABENS AO AUTOR!!! PENA QUE NOS GRANDES VEICULOS DE COMUNICACAO NAO TEM COLUNAS OU OPINIOES EXPOSTAS DESSA FORMA!!!
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